Pedro Neto | A receção no Molineux "deu-me arrepios"

Pedro Neto descreveu a forma como foi recebido pelos adeptos do Wolves como "inacreditável", no regresso do extremo à competição, depois de mais de 10 meses afastado devido a lesão.

As exibições do português foram um dos destaques da temporada 2020/21, que foi interrompida abruptamente em Fulham, no mês de abril. Neto voltou ao relvado do Molineux na noite de domingo, ao sair do banco na vitória sobre o Leicester City. O jovem jogador afirma que está cheio de confiança para voltar à forma em que e encontrava antes da lesão.

Sobre a primeira experiência no Molineux em quase um ano

“Foi inacreditável! Deu-me arrepios. Dez meses depois de alguns momentos difíceis, finalmente estou de volta.

“O melhor cenário foi ter sido em casa e um cenário ainda melhor seria com um golo, mas sinto-me muito feliz por estar de volta, e ouvir o estádio cantar o meu nome foi inacreditável.

“Senti-me muito bem. Senti-me confiante e todo o trabalho que fiz desde a minha lesão foi incrível, mas vou continuar a trabalhar. A minha mentalidade sempre esteve lá, e eu nunca vou mudar.

“Vou aprender muito, mas com a mentalidade que tenho, quando entro em campo, tenho que vir com total confiança para fazer o que faço normalmente”.

A chance de marcar na última oportunidade do jogo

“Na minha cabeça, sempre tive o objetivo de ir para a baliza. Foram os meus primeiros minutos no regresso e, para ser sincero, estava um pouco cansado.

“Só vi que o Schmeichel estava fora da baliza quando ele passou a correr por mim quando eu estava a correr com a bola. Então pensei que deveria chutar. E tentei, mas estava um bocado cansado.”

Sobre as dificuldades dos últimos 10 meses

“Foi difícil, vou ser honesto. Às vezes pensamos que nada vai acontecer connosco e, quando acontece, é preciso colocar os pés na terra e perceber que temos um longo caminho a percorrer.

“Quando eu estava a recuperar-me muito bem, tive um revés. Foi um momento difícil. Não diria que foi mais difícil do que o primeiro, porque aquele foi um choque e é uma lesão rara para um jogador de futebol, mas no dia em que tive o revés pensei: 'OK, tenho mais um desafio que preciso de superar’.

“Trabalhei mais do que estava a trabalhar e agora estou de volta. Mas o meu pensamento agora é, primeiro, ir passo a passo. Tenho que ter mais tempo de jogo, porque treinar não é o mesmo que jogar, mas estou muito confiante no que posso fazer.

“Estou realmente confiante de que, com o tempo, chegarei à minha melhor forma e serei melhor do que antes.”

O regresso ao plantel

“Durante estes 10 meses foi muito difícil e trabalhei muito duro. Tive momentos difíceis, mas agora estou de volta e sinto-me muito feliz.

“Estou aqui para ajudar a equipa porque eles estão a fazer uma época muito boa e a nossa intenção é continuar a fazer melhor e melhor e melhor. Estamos a melhorar e estou de volta para ajudar a equipa.

“Vou fazer o meu trabalho todos os dias e estou aqui para ajudar. O meu objetivo, como sempre digo, é ser o melhor. Estou aqui para ajudar a equipa, dando o meu melhor e jogando o meu futebol. Quero desfrutar do meu futebol. Deem-me tempo para voltar e jogar o meu futebol”.

Trabalhar sob as ordens de Lage

“Ele ajudou-me, é claro. No início não tinha muita noção das ideias dele porque estava a fazer a minha recuperação em Portugal, mas quando voltei ele estava lá para me ajudar.

“Quando comecei a treinar, ele deu-me o feedback que eu precisava para voltar. Ele dá muita confiança aos jogadores e consegue-se ver isso na maneira como jogamos. Ele é muito bom.

“O treinador também trouxe muitas ideias e, se fizermos o que ele quer, temos jogadores para o fazer bem. A mentalidade e a qualidade estão presentes e as ideias também.

“Temos que colocar essas ideias e qualidade nos jogos, portanto não fiquei surpreendido com o quão bem a equipa estava a jogar”.