António Dias | "Qualquer jogador, para chegar à Premier League, tem que ser especial"

Aos 38 anos, o português António Dias tem já uma longa carreira como responsável pela preparação física de equipas de futebol de topo. No início do seu percurso, o atual fisiologista do Wolves foi treinador de Nuno Espírito Santo. Hoje é um dos seus braços direitos. Nesta entrevista recorda como tudo começou, fala da adaptação ao futebol inglês e explica, entre outros assuntos, as características particulares de dois atletas especiais: Pedro Neto e Adama.

SOBRE COMO COMEÇOU A CARREIRA

Foi absolutamente incrível. Foi um misto de sonho e responsabilidade. Foi uma oportunidade que tinha que agarrar de uma maneira ou de outra. Eu comecei com 21 anos a trabalhar na equipa profissional do FC Porto. Comecei no ano a seguir ao Porto ter ganho a Liga dos Campeões. No ano em que o FC Porto ganha a Liga dos Campeões eu estava a fazer ERASMUS em Itália. Então, como pode imaginar, de cada vez que havia um jogo da Liga dos Campeões, estávamos os portugueses com os outros todos, dávamos uma tanga a toda a gente. Foi um ano muito especial, a paixão pelo futebol foi elevada a um patamar um pouco mais alto, ainda por cima estando fora e por ter corrido tão bem. Depois veio Euro’2004. Foi, realmente, um ano com uma experiência pessoal no futebol muito forte.

Depois, por intermédio de um professor, acabou por surgir a oportunidade de ajudar o Del Neri que, na altura, foi quem substituiu o Mourinho no FC Porto. Recordo-me bem do meu primeiro dia. Não sabia bem onde é que havia de ir ou o que havia de fazer.

O meu primeiro contrato foi como tradutor no FC Porto. E foi muito interessante. Na altura, os italianos já tinham a perspetiva do trabalho físico um bocadinho mais abrangente e diversificada a nível de tarefas e de funções. Ou seja, contemplavam já, nas equipas de trabalho, mais do que um preparador físico, pelo que, para o Del Neri e para o Professor Maranza, isto era uma coisa que se enquadrava e acabei por ficar ali com algumas tarefas de suporte à preparação física.

Isto acabou por ser uma entrada excecional, estar de repente ali no meio. Realmente, foi um desafio grande eu conseguir enquadrar-me, porque foi a minha primeira experiência profissional. Ali era o patamar dos melhores do mundo. Naquele ano, muitos deles tinham sido, provavelmente, os melhores do mundo. E, realmente, levou-me a assumir uma postura de quase vestir o fato de professor muito cedo e de treinador. Uma estratégia que eu encontrei foi manter algum distanciamento, do ponto de vista pessoal. Muitas vezes convidavam-me para ir jantar ou passear com eles, mas foi uma coisa que, desde muito cedo, percebi que não podia entrar por esse caminho porque poderia ser mais difícil mas para mim manter as relações profissionais. Foi algo que foi quase uma regra minha, por assim dizer, para conseguir agarrar a oportunidade que tive e conseguir incubar no futebol profissional.

SOBRE O GOSTO PELO DESPORTO

Sempre fui muito apaixonado pelo desporto, desde muito novo. O meu pai levava-nos a ver desporto todos os fins de semana. Era típico, na altura, passar o fim de semana inteiro a ver, na RTP2, hóquei, basquete, futebol, atletismo… Os Jogos Olímpicos. O meu pai sempre teve muito essa cultura de desfrutar de desporto. Depois, desde muito novo, também acabei por aderir. Eu sou o mais novo de cinco irmãos e um deles, mais velho do que eu, também é muito apaixonado por desporto, designadamente como praticante. Também é licenciado em educação física. E então acabou por ser uma coisa muito natural na nossa formação, na família e no nosso dia-a-dia.

SOBRE O JEITO PARA O FUTEBOL

Essa é uma das coisas que eu gosto de estudar. De onde é que vem o talento? Mas, realmente, eu nunca tive talento para o futebol. Lá em casa também nunca tivemos muito jeito para a prática de futebol. Tive apenas um tio que foi profissional, jogou em níveis secundários, em Portugal. Eu sempre fui muito competitivo. Sempre adorei jogar e competir. E acho que, como nunca tive muito jeito para o futebol, acabou por ser um desporto que acabei por nunca praticar. Fiz outros desportos. Bastante atletismo. Joguei andebol, até cheguei a jogar no ABC, porque sou de Braga, mas o desporto ao qual acabei por me vincular mais, e pelo qual me apaixonei enquanto praticante, foi o basquetebol. Joguei 12 ou 15 anos basquetebol. Cheguei a jogar como semiprofissional. Isto apesar de ter sido sempre, enquanto adepto,  um apaixonado por futebol, que sempre foi, claramente, o desporto preferido em minha casa. O meu pai é muito adepto de futebol, íamos quase todos os fins-de-semana ver futebol ao estádio. E, pronto, apesar da minha paixão enquanto praticante não ter ido por aí, como adepto sempre gostei e desfrutei muito do futebol.

A ADAPTAÇÃO A INGLATERRA

A partir do momento em que chegamos cá e conseguimos resolver aquelas questões de toda a gente que vai para o estrangeiro, que são o ter casa, saber como nos vamos orientar, quais vão ser as nossas rotinas, ficou um bocadinho melhor.

A partir do dia em que começou o futebol e começamos a jogar e a sentir o desafio competitivo e a grandeza do Wolverhampton, a paixão dos adeptos por aquilo que estávamos a fazer e a conseguir, nós sentimos que, realmente, isto era uma coisa muito especial. E sentimos, também, que a nível de carreiras era algo de extraordinário. Isso acabou por ajudar a uma adaptação melhor. Sentir o carinho das pessoas por nós e pelo nosso trabalho, no dia-a-dia, quando vamos ao supermercado, foi uma coisa que nos ajudou muito.

E a partir do momento em que os meus filhos começaram a ir para a escola, ver como eles já falam inglês facilmente, verificar como a escola aqui é espetacular… Aqui o clube também é fantástico, dá-nos todo o apoio que nós necessitamos. Nesta fase mais difícil do COVID-19 o clube tem sido extraordinário. O staff é impecável. Desde a cozinha, às pessoas que nos ajudam no dia-a-dia, quando precisamos de qualquer coisa a nível familiar, tem sido um apoio muito grande. E sentir esse conforto e carinho tem ajudado, realmente, a sentirmo-nos em casa e que a nossa vida é cá.

COMO TREINAR JOGADORES DIFERENTES

Penso que, claramente, uma das chaves tem a ver com a abordagem da nossa equipa técnica no sentido de tentarmos dar-lhes apoio a diferentes níveis, para que cada um possa ter um suporte ao seu rendimento e ao seu crescimento enquanto jogador. Essa é uma das coisas que privilegiamos muito enquanto equipa de trabalho, que é o desenvolvimento individual dos jogadores a curto, médio e longo prazo. E nesse sentido nós, realmente, tentamos criar uma base de sustentação para isso. Tentamos criar, muitas vezes, espaço no treino para podermos trabalhar alguns dos aspetos mais preponderantes para o desempenho do jogador dentro da sua função. Muitas vezes ao nível do que é o treino do futebol, que é um desporto coletivo, não passa necessariamente por tirar o jogador e treiná-lo sozinho, mas antes por fazê-lo dentro de um contexto de treino com a equipa. No fundo, estabelecer algumas nuances no treino que permitam ao jogador ter mais oportunidades de aprendizagem em determinadas especificidades.

Por exemplo, no caso de um ponta-de-lança que tenha mais dificuldades em receber o passe frontal e segurar a bola, muitas vezes o Nuno é capaz de alterar o exercício para que o jogo comece sempre com um passe longo para obrigar a que essa ação, que em jogo se calhar não acontece tantas vezes, aconteça muitas vezes. Ou seja, o jogador acaba por treiná-la dentro daquilo que é uma especificidade muito mais concreta do que aconteceria em jogo.

Ou seja, há esta preocupação ao nível da equipa técnica e, claramente, ao nível do que é a capacidade para desenvolver robustez enquanto atletas, enquanto futebolistas também, ou de melhorar a capacidade de resposta sempre que o jogo solicita um jogador, no sentido de ele estar fresco e de ser capaz de fazer as suas ações ao melhor nível possível. Também tentamos ter esse cuidado quando olhamos para aquilo que nós chamamos “as cargas de um jogador”, que pode ser carga interna ou carga externa, ou seja, como é que ele perceciona o nível de fadiga com que treina, quanto corre nos treinos, o tipo de esforço que faz, de acelerações, de travagens, de sprints, de corrida de alta intensidade. Ou seja, são alguns dos parâmetros que nós conseguimos controlar e monitorizar, e também, de certa forma, por vezes, manipular a nível de treino. Isto é, conseguir situações em que os nossos jogadores que são mais vezes solicitados a fazer ações de velocidade, o façam em treino, de preferência contextualizado com o treino da equipa. Mas, em alguns momentos, também podemos fazê-lo de forma mais individualizada.

ADAPTAÇÃO AO FUTEBOL INGLÊS

Penso que, enquanto profissional, fui capaz de me desafiar. E, nesse aspeto, eu penso que toda a equipa técnica, e o Nuno muito especificamente, na forma como permitiu nós chegarmos cá e termos uma estratégia que passou um bocadinho por um choque metodológico a nível de trabalho em muitas das áreas. Nomeadamente, questões relacionadas com um trabalho mais de preparação física específico, um trabalho de ginásio, um trabalho de força ou com trabalho de potenciação, que é um trabalho de prevenção de lesões. E tentei que esse trabalho não fosse exclusivamente meu, mas muito mais abrangente ao nível do que era o staff e o próprio clube.

Ou seja, tivemos um impacto grande na alteração de instalações e meios de trabalho. Trouxemos mais um elemento para a nossa equipa técnica, e o Nuno tem uma abertura fantástica nesse aspeto, que foi o João Lapa, que também é um profissional da área de desporto. Com a atuação dele conseguimos ter uma intervenção muito mais abrangente e chegar muito mais aos jogadores. E penso que o João, não só se juntou a nós e a mim, naquilo que é a minha visão de treino, mas também foi capaz de aportar e acrescentar. Eu próprio me tornei também num melhor profissional na minha área, com a ajuda dele. Na altura em que chegamos também tínhamos uma pessoa que já estava no clube há muito tempo, muito vinculada à metodologia do Wolves, e fomos capazes também de o juntar a nós e de o dinamizar.

E conseguimos uma coisa fantástica, que foi a dinâmica de trabalho com a equipa médica. Muitas vezes o que era o trabalho de condição física, de fisioterapia e o trabalho médico acabava por se conjugar tudo. Dessa forma penso que conseguimos, claramente, multiplicar os braços do nosso “polvo” por oito. Ou seja, conseguimos abraçar muito mais os nossos jogadores. Eles sentiram isso e perceberam que havia uma coisa diferente a passar-se. Conseguimos, claramente, que eles se vinculassem com a nossa metodologia de trabalho e conseguimos uma coisa que eu acho que é fundamental. Que foi ter muito mais acesso a como eles se sentem. Passou a haver muito mais veículos de comunicação, que passaram a estar muito mais abertos. E, nesse aspeto, acho que foi uma coisa em que, realmente, conseguimos crescer. Isto ao nível da dinâmica sistémica de trabalho.

SOBRE COMO TRABALHAR A INTENSIDADE

Nós tentamos perspetivar ao máximo o que é uma abordagem de equipa e de treino de equipa. Por exemplo, uma das coisas que nós acabamos por trazer mais vezes para as nossas situações de treino são estratégias que exijam um aumento do ritmo de jogo em treino. Esse aumento de ritmo pode ter a ver com o aumento do ritmo de ações técnicas e com o aumento de posse de bola. Do ponto de vista físico, nós também procuramos olhar para algumas métricas. Por exemplo, os metros por minuto em ações de jogo ou em blocos de trabalho, no sentido de conseguirmos criar um contexto que permita aos jogadores subir aquilo que é o ritmo de jogo e o ritmo de treino, reduzindo também, por vezes, as pausas.

Isso é uma das coisas que nós conseguimos jogar. Às vezes pode passar, inclusive, por ferramentas que nos permitam aumentar o ritmo de trabalho e o ritmo do treino de algumas posições específicas. Por exemplo, quando queremos aumentar o ritmo de um grupo de jogadores em algumas situações de jogo em inferioridade.

Em Inglaterra, ao nível da intensidade uma coisa é o ritmo de jogo, outra coisa, que nós também notamos, é aquilo a que eles chamam “physicality”, ou seja, a fisicalidade de jogo. Ou seja, maior quantidade de duelos. Um espectro, provavelmente mais abrangente, na perspetiva do árbitro, sobre o que é um contacto legal e uma disputa leal. Principalmente no Championship, que eu penso que está num nível ainda mais alto do que a Premier League. Penso que a permissividade dos árbitros em relação ao contacto, à agressividade e ao corpo a corpo, nomeadamente em relação ao guarda-redes e em situações na área, é mais amplo do que na Premier League. E nós, nas nossas primeiras semanas, se calhar meses, acabamos por sentir essa dificuldade. Recordo-me muito bem do nosso primeiro jogo, contra o Cardiff City, que era uma equipa muito forte nesse aspeto do jogo e criou-nos algumas dificuldades.

Nós conseguimos fazer alguns ajustes, não só a nível de treino mas também do ponto de vista mental, em relação a como é que os jogadores se prepararam e começaram a aceitar isso como uma realidade do jogo e não como algo que deveria ser falta e não era apitado. Na verdade, não é o jogo que tem de se adaptar a eles, mas eles que têm que se adaptar ao jogo.

Lá está, essa abordagem holística da nossa equipa técnica levou-nos a integrar uma pessoa da área da Psicologia, que também ajuda a desenvolver estas estratégias, tanto individuais como grupais. E, claramente, também no sentido de às vezes termos sessões de treino que nos provocassem mais isso, de forma que os nossos jogadores conseguissem adaptar-se mais rapidamente. Mas nós temos um exemplo de um jogador português que esteve connosco e que hoje em dia quase todos os defesas da Premier League o temem. Vou falar dele porque esteve connosco no Championship e que foi o Diogo Jota. Eu penso que foi jogador que, apesar de ter aquele aspeto que levou muita gente a duvidar da capacidade de se adaptar à exigência física, passados alguns meses acabou por ser os adversários a terem dificuldades para se adaptarem à fisicalidade dele no jogo. Ele foi capaz de dar esse salto.

O Pedro Neto também cresceu muito a esse nível. O Rúben. Poderia enumerar uma série de jogadores portugueses.

PERCURSO DO WOLVES

Se pensarmos desde o primeiro ano, em que acabamos por ser tão dominadores no Championship, um campeonato internacionalmente conhecido pela dificuldade e pelo equilíbrio. Em que nós olhamos para as equipas que estão no Championship, e que na altura estavam também connosco, e muitas delas haviam sido campeãs inglesas e conquistado títulos internacionais. E nós chegarmos, depois de toda a gente nos dizer que era tão difícil, tão diferente, que era um campeonato longo, com jogos à terça e ao sábado, com grande exigência para os jogadores. Penso que nós, realmente, fizemos um trabalho fantástico. Tivemos a capacidade de nos adaptarmos ao contexto. Penso que o mister e todos os assistentes foram brilhantes na forma como construíram um modelo de jogo que nos permitiu ser tão assertivos e tão competitivos, e destacarmo-nos como realmente nos destacamos.

Se olharmos para o ano seguinte, penso que conseguimos subir ainda mais o nível de uma forma exponencial. Ficarmos em sétimo lugar e conseguirmos o apuramento para as competições europeias no nosso primeiro ano de Premier League, quando muitos diziam que, se calhar, éramos candidatos a não descer, penso que foi muito imponente da nossa parte.

E na segunda época fomos capazes de ainda subir mais. Conseguimos melhorar a pontuação da primeira época e, apesar de na primeira época da Premier League o sétimo lugar nos ter dado acesso à Liga Europa, na segunda não deu. Foi uma infelicidade. Mas conseguimos conciliar isso com o podermos jogar em Wembley umas meias-finais da Taça, podermos ter feito um percurso tão brilhante na Liga Europa. Penso que, também, foi uma época incrível.

Este ano estamos, se calhar, menos exuberantes, mas penso que estamos também a ser capazes de mostrar a nossa capacidade competitiva. A tentar consolidar o estatuto de equipa de Premier League. Penso que estamos no bom caminho para o conseguirmos fazer.

SOBRE PEDRO NETO E ADAMA TRAORÉ

Costumo dizer que qualquer jogador, para chegar a um patamar de Premier League ou de primeira divisão em Portugal, tem que ser especial. Há tanta gente a praticar futebol, tanta gente a ter o sonho de ser jogador… Agora acho que esses dois têm, realmente, muitas coisas especiais e que se destacam.

Quero, já agora, dar os parabéns ao Pedro, porque foi um dos nossos atletas que mais aproveitou a fase do confinamento para melhorar algumas coisas nele que tiveram um efeito no seu jogo. Fê-lo de uma forma muito consciente, muito profissional, procurando ajuda e interação, inclusive desafiando-me a mim, muitas vezes, a fazer coisas diferentes e novas para conseguir ajudar ao crescimento dele. Ele ganhou alguma massa muscular. Fizemos algum trabalho para melhorar a velocidade dele também, com a técnica de corrida. Durante essa fase, o staff ficou cá em Inglaterra e ajudou muito a criar condições para que os jogadores pudessem treinar, apesar de estar toda a gente em “lockdown”. Aliás, a época passada foi a mais desgastante que eu tive, principalmente porque esse tempo de pausa foi um dos momentos em que mais trabalhei na minha carreira. Porque uma coisa é fazer planos genéricos para toda a gente, outra coisa é interagir individualmente com eles, de forma que os jogadores se sentissem motivados para aquilo que nós lhes propúnhamos sem, ao mesmo tempo, cairmos no risco de lhes estarmos a propor demasiadas coisas.

No caso do Pedro Neto, foi algo que ele trabalhou muito bem. Em relação ao Adama, costumo dizer que, para ser jogador de futebol, conseguiu escolher muito bem os pais dele… Isto porque, do ponto de vista genético, ele tem uma predisposição fora do normal para ser potente, para ser explosivo.

Há muita gente que olha para os jogadores e tem aquela ideia de que eles trabalham pouco e são muito preguiçosos. Mas estamos a falar de dois jogadores que, realmente, têm muito cuidado com a sua preparação. Não só sob o ponto de vista futebolístico, mas também do ponto de vista atlético. Como olham para a sua recuperação, como são capazes de estar aqui, no centro de treinos, seis horas por dia a trabalhar e, muitas vezes, ainda vão para casa – principalmente no caso do Adama – e ainda trabalham mais coisas que são importantes para a especificidade do trabalho deles e do que os ajuda a sentirem-se melhor.

O Neto, por exemplo, quase todas as folgas acaba por vir ao centro de treinos. Não é o único, mas é um desses casos. Vem, por vezes, fazer um trabalho mais específico de recuperação, outras vem fazer um trabalho extra de ginásio, em função de algumas especificidades que ele tem. Tal como o Adama, o Pedro Neto também essa capacidade de potência e velocidade, embora com características diferentes. Mas, para além disso, tem capacidade para cobrir muita área de campo e fazer ações longas e muito intensas durante muito tempo também. São característica não muito fáceis de encontrar em jogadores com a potência que ele tem.