José Sá | Sobre o desempenho defensivo, a vida no Wolves e defrontar Ronaldo e o Man United

José Sá está ansioso por voltar a entrar em campo, após dois jogos adiados devido à Covid, que deixaram os Lobos longe dos estádios no período de Natal.

O guarda-redes português tornou-se um elemento fundamental da equipa de Wolverhampton, tanto dentro como fora do campo, desde a sua chegada proveniente do Olympiacos, no verão, ajudando o Wolves a alcançar a segunda melhor defesa da Premier League, até ao momento, na corrente época.

Mas, Sá admite que a equipa ainda tem muito a melhorar se quiser alcançar os seus objetivos para a temporada, que será retomada com o seu primeiro jogo de 2022, em Old Trafford, frente ao Manchester United.

Sobre ter sofrido apenas dois golos nos últimos sete jogos

"É muito bom. No início estávamos a adaptar-nos porque tínhamos um novo treinador, uma nova estratégia e um novo futebol, mas estamos a melhorar jogo a jogo e estamos felizes.

"Temos os nossos objetivos e as nossas metas, e vamos lutar por eles. O meu objetivo é ajudar a equipa a vencer e não sofrer golos. No final da época, veremos o que acontece e veremos o que alcançamos todos juntos".

Sobre defrontar Cristiano Ronaldo e o United

"Nunca joguei contra o United, e nunca joguei contra o Cristiano Ronaldo, só estive com ele e treinámos juntos na seleção nacional.

"É um jogador incrível e difícil de marcar, e será um jogo muito bom. Eu vim para cá para jogar estes jogos. Aqui todos os jogos são fantásticos. Atmosferas espantosas, estádios espantosos, campos espantosos, e foi por isto que eu vim para cá.

"Estivemos perto de os vencer da última vez que os defrontámos no Molineux, mas isto é futebol. Vamos tentar o nosso melhor em Old Trafford e tentar ganhar, porque jogamos sempre para ganhar o jogo.

"Mas sabemos que será difícil porque o Manchester é uma equipa muito boa, muito forte, e sabemos que vamos ter de trabalhar e lutar".

Sobre os primeiros seis meses no Wolves

"Vim na melhor altura. Se esperasse mais um ano, talvez tivesse sido demasiado tarde. Talvez se eu tivesse vindo mais cedo, também não fosse uma boa altura. Mas estou feliz com o momento em que vim e estou feliz por estar aqui.

"Não ia ser fácil substituir o Rui Patrício. Ele é um excelente guarda-redes e fez história aqui no clube.

"Claro que foi difícil substituí-lo, mas temos um grupo muito bom e eles ajudaram-me a adaptar-me ao campeonato e ao futebol. Isso foi muito bom para mim e deu-me confiança para os ajudar também".

Sobre reencontrar colegas de equipa portugueses

"Não são só eles, temos um grupo incrível e isto reflete-se na classificação e no que temos feito, porque somos muito parecidos com uma família. Se falho, tenho os meus amigos a apoiarem-me, e se eles falham, eu estou lá para eles. Todos os jogadores são assim.

"Mas, eu já conhecia muitos deles da seleção nacional e também do FC Porto, como o Rúben Neves, e fiquei feliz por estar aqui com eles, porque são todos grandes jogadores.

"Claro que isso ajudou à minha adaptação, porque quando temos amigos connosco podemos perguntar-lhes como é que o clube funciona, quais são as suas regras, e eles podem ajudar-nos nisso".

Sobre como é trabalhar com Tony Roberts (treinador de guarda-redes)

"Ele é um tipo muito bom e nós trabalhamos muito bem porque ele tem ambos os lados. Fora do campo, ele é uma excelente pessoa e um bom amigo, e dentro do campo é um treinador muito bom.

"Aprendi muito, mas não sou só eu, falo pelo John [Ruddy], o Louie [Moulden] e o Andy [Sondergaard] agora, porque todos nós aprendemos muito com ele.

"Estou muito feliz por trabalhar com ele e tenho melhorado muito. Tenho tentado fazer coisas diferentes e tento aprender porque estou aqui para fazer isso - para melhorar e aprender, ser melhor todos os dias, porque quero ser melhor amanhã e depois de amanhã".

Sobre ser um "varredor" fora da área

"Não é fácil, mas trabalhamos para isso. Antes, eu já gostava de estar fora da baliza para tentar tirar as bolas quando são colocadas atrás da defesa.

"Aqui também trabalhamos isso, e o treinador quer que nos posicionemos alto no campo porque, por vezes, a equipa joga mais à frente e ele quer que estejamos lá para os ajudar".

Sobre a grande época de Kilman

"Falei com ele há algumas semanas e disse: 'Max, na primeira sessão de treino que aqui estive, quando te vi, pensei que este tipo não podia ser um jogador', porque ele defendeu de forma passiva, não correu e não marcou, por isso pensei que era impossível.

"Mas há três semanas, tive de lhe pedir desculpa e engolir as minhas palavras. Ele é espantoso. Está a fazer uma época muito boa, como todos os defesas. O Saiss, Coady, Marçal, Rayan [Ait-Nouri], Nélson [Semedo] e o Ki [Hoever], estão todos a fazer uma época espantosa.

"Isso dá-me mais confiança porque sei que eles estão lá para mim quando preciso. Quando se tem uma defesa muito boa, isso é bom para o guarda-redes.

"É o mesmo que quando se tem um guarda-redes capaz de ajudar a defesa, também lhes dá mais confiança".